quarta-feira, 13 de março de 2013

Impressões Expressivas

Acordou, bom dia. Olhava para os lados, nada via. Rostos com caretas a sua volta, pessoas descontentes com outras. Por que será? Seria a inveja um prato cheio? Por que os seres humanos eram tão hipócritas, sentindo-se bem na agonia de um outro alguém? Não sei, não sabe. Sabia que um sabiá havia lhe contado várias coisas, e, como não era boba, logo notou a fragilidade de todos. De todos, sem exceção, incluindo ela. E por que tudo parecia cinza? A poluição viria de fora para dentro? Em meio a tantas cidades e seres esdrúxulos, cujas roupas cada vez mais curtas escondiam as cicatrizes da alma, havia um único espaço. Um recanto de amor, fantasias, sonhos, crenças, esperanças... mas não. Não era bem assim. Ninguém parecia se preocupar com mais nada, muito menos com as maiores coisas, os pequenos detalhes. As noites já não eram tão mais românticas. Os ditos "amigos" já não eram tão importantes assim: até porque, parecia-lhe que todos gostavam de coisas perecíveis, ou pelo menos, pareciam gostar. O medo viria, pensava, da falta de originalidade e pouca fé que todos tinham em si mesmos. Por isso, a revolta, a raiva, o desgosto, a ganância.  Será que a poluição não era sonora? A música e sua letra cada vez mais escassa, vazia e isenta de musicalidade. Talvez, a música de hoje, evidentemente com exceções, refletia o vazio que sentimos hoje, em um mundo tão desumano. Mas, não era essa a questão. Música bonita tinha de monte, mas não era tão envolvente assim. Em um mundo em que se valorizava o corpo, o brilho do olhar precisava ser realçado à lápis de ponta grossa. Saltos alongavam e sensualizavam as pernas malhadas das madames e senhoritas. E, não deixa de ser charmoso, claro. Mas, mesmo assim, qual a definição de beleza hoje? O que é amizade e cumplicidade? Por isso, deixava uma mensagem reflexiva a todos que se propusessem a ler o texto:

There's a place I know so well
Behind closed eyes, there's a pearl inside the shell
From time to time, I come to see
If this world still has a place for me

sexta-feira, 8 de março de 2013

Spreading some words

Relutou, relutou e, de repente, caiu no sono. Estava meio cansada. Acordara com uma voz em seu ouvido, era a mãe. Perguntava à filha por que não escrevia mais... aqueles textos breves e profundos. Ininteligíveis. A crônica era o caminho, mas mesmo assim, faltava vontade na menina. Se bem que vontade nunca faltou a ela... só queria ter certeza de que algum post seu soaria interessante a alguém. Sempre gostou de escrever, nunca negara isso.
So, she took the oars and started to jot down some lines. E ela gostava... de remar águas profundas. Mesmo. Por isso, não adiantava postergar mais nada. Precisava pegar o lápis e rabiscar de novo, como sempre fez. Desenhou, então, um livro cheio de páginas que estavam esperando ser preenchidas por sua letra, que julgava ser inteligível, apesar das entrelinhas metafóricas que tanto buscava na sua arte de escrever.