Por incrível que pareça, estou me sentindo feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz, porque minha banda favorita fará um show em São Paulo, daqueles inesquecíveis. Triste, pois será sua última turnê da carreira, os alemães já vislumbram a aposentadoria.
Desde pequena, sempre gostei de músicas antigas, aquelas dos "tiozinhos" que tanto o pessoal fala. Não posso afirmar que foi meramente influência do meu pai, que aliás, tem um belo gosto musical. Foi mais do que isso. Acho que sempre desenvolvi um lado mais introspectivo, filósofo, questionador. Porque à medida que ouço a melodia do pop dos anos 70 ou 80, me vejo cada vez mais sensibilizada. Tocada pela voz dos cantores, do refrão apaixonante, dos instrumentos diversos. Novas sensações são despertadas, ideias, desejos. É uma mistura de emoções, que senão proporcionadas pela musicalidade, não chegam com tamanha intensidade. Digo isso por um único motivo: nossa maior força vem do som do coração, que é toda canção que nos cativa e nos permite apaixonar... ter paixão pela vida, pela natureza, pelas pessoas ao redor. Por isso, a sonoridade é tudo; sem ela, não há existência de qualquer felicidade ou sentimento de tristeza, estados absolutos da beleza da alma humana. É por essas e outras, que tanto prezo por uma boa música, que me compenetre por completo, me liberte de meu ego.
Encontrei então o que menos esperava: o rock. O hard rock que se resume em uma única palavra de amor: SCORPIONS. A primeira banda de heavy metal que me envolveu por inteira. Nunca tinha passado pela minha cabeça, até então, que seria tão fã desses caras, do "furacão alemão". Jamais. Meu lado rebelde sempre se manifestou de outras maneiras, com outras músicas... mas não por um simples grupo sessentista que, apesar de todo seu perfil rock n' rollístico, o romance era seu principal alvo. Sofrimento amoroso, que ora era impulsionado por uma paixão entre dois seres, ora camuflado sob a responsabilidade de honrar uma pátria, um país. O mundo. E isso, os músicos fazem muito bem. Suas letras se apropriam de um estilo totalmente único, expressivo, inovador. O som distorcido das guitarras remete à um grito épico, revolucionário. E mais uma vez, o amor entra em voga para todos que procuram incessantemente.
São tantas as qualidades da banda, que nem mesmo a retórica convencerá os que leem. Só quem ama sente e consente. Que o luto do dia seguinte não seja, porém, tão intenso quanto aos ventos de câmbio que me guiaram para uma mesma direção: a eterna paixão pela maior banda de todos os tempos. Scorpions.
SCORPIONS - WHEN YOU CAME INTO MY LIFE
Olá, Jú!
ResponderExcluirSó quem tem paixão irá entender o que você escreveu, e só quem tem um coração, amará toda e cada palavra aqui escrita!
Lindo demais e deixarei de lado a fã Scorpiana que há em mim (será que conseguirei? rs), dizendo que JAMAIS acredito em pessoas que nunca amaram, porque SÓ o amor faz- mesmo sendo um chavão- a vida ter cores e lógica em ser vivida.
Digo mais: hoje sou uma pessoa feliz, me sinto viva, não só porque amo Scorpions, mas pelo fato de que amo cada coisa, cada gesto de carinho, aquele sol que abrilhanta, uma vida que renasce a cada dia...
Sim, Scorpions desperta, em quem os compreende, um campo fértil quando há falta de sentimento. A banda faz com que as palavras ROCK e SENSIBILIDADE caminhem juntas, sem que a rebeldia esmague a ternura, uma bagunça generosa no coração que SOMENTE uma banda do porte dos germânicos, poderia conseguir!
"The best is yet to come", eles disseram e é nisso que me agarro a cada dia. Não, não é o fim. Apenas o começo de novas etapas de vivência que os componentes se permitem. E a vida segue, com essas novas cores que os 5 "aracnídeos" nos ensinaram a apreciar!...
Beijos!
Mary:)
Nossa, Mary! Estou boquiaberta com seu comentário! Que coisa mais linda! Quero te agradecer muito, porque além de ter escrito um belo texto de resposta, você me sensibilizou e me fez pensar em muitas coisas da vida que, inconscientemente, são verídicas.....
ResponderExcluirMuito obrigada, de verdade!
Um beijão =)