sexta-feira, 6 de abril de 2012

E então, retrucou...

O céu estava mais límpido hoje.
As ruas estavam silenciosas...
As pessoas nas casas de seus familiares...
Enquanto isso...
Janelas abertas permitiam a entrada do vento. Quem sabe lhe ocorreria alguma ideia nova  hoje... Já não tinha mais o que fazer. Só queria descontrair seus ombros tensionados pela vida rotineira que cogitava ter.
Agora. Hora de rabiscar. Subordinar o pensamento inexistente que forçava pôr em prática no exato momento. Só para ter o que falar hoje. E a melhor forma de crescimento interno era justamente esta: se ridicularize... mesmo! Dê risada do ridículo... admita o quão banal nossas atitudes são. Principalmente aquelas... que dizem a respeito de superioridade e inferioridade. Ela mesma deu risada de si quarta-feira à noite. Falou em tom alto e grosso: "Eu queria impressionar vocês". E no fundo, era verdade. O espírito de competitividade, de agressão, estava embutido nela. E em muitos de nós. A menina apenas vomitou sua desgraça e ironizou algo que um dia ela mesma iria superar. Sabia que aquele sentimento de querer mostrar habilidade, capacitação, era nada. Eram mediocridades cotidianas. Existem outras coisas que são dignas de se orgulhar. Ela sabia. E admitiu inconsciente ou conscientemente que tinha algo muito maior do que isso.

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